A Câmara aprovou na
quarta-feira (27) um projeto que limita o pagamento de 14º e 15º salário para
deputados e senadores, mas a decisão contrariou alguns parlamentares.
Em entrevista à rádio CBN, o
deputado Francisco Escórcio (PMDB-MA) criticou a medida, e alegou que utiliza o
dinheiro para pagar "caixões e passagens" para eleitores menos
favorecidos que visitam seu gabinete.
"Eu vou abrir mão sim,
mas é preciso ajudar aqueles que precisam desse dinheiro. Acho uma deslealdade
com estes deputados cortar o salário deles. Acho errado! Pago para trabalhar
aqui, pago caro", disse. Os vencimentos mensais dos
parlamentares são de R$ 26.723,13.
"É um clientelismo e
assistencialismo sem igual. O deputado deveria fiscalizar o poder executivo, e
não oferecer estes favores. Caso a entrega dessas benesses esteja condicionada
ao voto no próximo pleito, pode ser caracterizado o crime eleitoral da compra
de votos", afirma Helio Silveira, advogado especialista em sistema
eleitoral.
A reportagem tentou entrar
em contato com Escórcio, mas ele não foi encontrado em seu gabinete. *Com
informações uol.com.br.
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