Professores da rede
particular de ensino de Pernambuco decidiram deflagrar greve por tempo indeterminado,
nesta quarta-feira (5), em assembleias simultâneas realizadas no Recife, em
Limoeiro, Caruaru e Petrolina, no interior do estado. Cerca de 500 mil alunos
devem ser afetados com a paralisação, já a partir da tarde de hoje. Entre as
principais reivindicações dos docentes estão o reajuste salarial de 10% e
unificação da hora/aula em R$ 12.
Neste momento, eles fazem
passeata pela Avenida Conde da Boa Vista, no Centro da capital. “Os donos de
escolas querem retirar propostas já conquistas por nós. Além disso, a
contraproposta deles só nos oferece ganho real no salário de 0,2%”, disse o
coordenador do Sindicato dos Professores de Pernambuco (Sinpro), Jackson
Bezerra. Os docentes também são contra a instalação de câmeras nas salas de
aula, ideia defendida pelo Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de
Pernambuco (Sinepe).
A categoria ainda pede
concessão de vale-alimentação para todosos professores com dois turnos na mesma
escola; bonificação de 30% em ano de Bienal do Livro em Pernambuco, para compra
de exemplares; assinatura de jornais e revistas nas salas dos professores e
convênios e planos de saúde. Jackson Bezerra acrescentou que 80% dos docentes
(aproximadamente 18 mil) devem aderir ao movimento e cruzar os braços.
Uma nova rodada de
negociação está marcada para as 15h desta quinta (6), na Delegacia Regional do
Trabalho (DRT), no Espinheiro, Zona Norte da cidade. O presidente do Sinepe,
José Ricardo Diniz, explicou que o aumento oferecido está baseado no pico da
inflação acumulada no mês de abril, data-base da categoria. “As negociações
continuam abertas, isso revela que há um empenho das duas partes em chegar a um
acordo. As escolas devem seguir a programação normal planejada”, disse. *Mais
informações g1.com
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