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FBI continua à espera para poder interrogar o suspeito dos atentados de Boston,
Dzhokhar Tsarnaev, que permanece em estado grave, ao mesmo tempo que é objeto
de críticas por não ter previsto a possível radicalização do mais velho dos
irmãos de origem chechena, que em 2012 passou seis meses no Cáucaso.
"Segundo
o centro médico Beth Israel Deaconess, Dzhokhar Tsarnaev permanece em estado
grave", afirma uma nota do FBI, que explica ter divulgado o comunicado a
pedido da instituição.
De
acordo com o canal CNN, Dzhokhar Tsarnaev estaria "entubado e sob efeitos
de sedativos". A emissora CBS informou, com base em fontes ligadas à
investigação, que o jovem tinha dois ferimentos provocados por tiros e perdeu
muito sangue.
Ao
mencionar um ferimento na nuca, os investigadores levantaram a hipótese de uma
tentativa de suicídio, informou o canal.
Após
uma perseguição de 24 horas, a polícia prendeu na noite de sexta-feira Dzhokhar
Tsarnaev, que estava muito ferido e passou o dia escondido em uma lancha no
jardim de uma casa em um subúrbio de Boston (Massachusetts).
"Não
sabemos se algum dia poderemos interrogá-lo", afirmou ao canal ABC o
prefeito de Boston, Thomas Menino.
Tsarnev
é atendido no mesmo hospital em que algumas vítimas dos atentados de
segunda-feira passada, que mataram três pessoas e deixaram 180 feridas. Destas,
57 permanecem internadas, duas delas em estado crítico, segundo a CNN.
Para
obter o máximo de informações, sobretudo se os irmãos Tsarnaev agiram sozinhos
ou se contaram com uma rede de apoio, os investigadores examinam a necessidade
de retirar do jovem o benefício dos "direitos de Miranda", que
permitem a um acusado ficar em silêncio e receber a assistência de um advogado
durante os interrogatórios.
Policiais
de unidades antiterroristas que receberam treinamento para abordar detentos
considerados de "grande valor" esperam poder interrogar o jovem,
segundo uma fonte das forças de segurança.
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