Copa das Confederações deve
render às cidades-sede mais de R$ 241 milhões em gastos de turistas.
A estimativa foi realizada
pela Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), órgão ligado ao Ministério do
Turismo, e obtida pelo G1.
O cálculo foi feito com base
no número de estrangeiros (13.759) e de turistas brasileiros de outros estados
(111.569) que compraram ingressos para o torneio.
Estimou-se que cada
estrangeiro vá ficar em torno de dez dias nas cidades-sede, e cada brasileiro
de outro estado, três dias.
A partir daí, foi calculado
o preço médio da diária dos hotéis para o período em cada cidade, acrescido de
um valor de R$ 100 por dia por turista, para gastos com alimentação,
deslocamento e compras. Não entrou na conta o gasto com passagens aéreas e com
ingressos para os jogos.
Segundo a previsão, os
estrangeiros vão gastar R$ 69 milhões e os turistas brasileiros, R$ 172 milhões
durante o torneio, que começa nesta sábado (15) e vai até o dia 30 de junho.
Segundo Flávio Dino,
presidente da Embratur, o valor é visto como positivo pelo governo,
considerando que o torneio é tradicionalmente um evento eminentemente local.
"A Copa das
Confederações é visto como um evento teste. Como os aficionados por futebol se
preservam para a Copa do Mundo, normalmente quem assiste aos jogos são pessoas
que moram na cidade-sede. Estamos demonstrando que, apesar disso, o torneio
está gerando um bom fluxo de turistas, principalmente de brasileiros de outros
estados", declarou Dino.
Ele afirma que o impacto
econômico do evento pode ser maior. "O cálculo de R$ 100 por dia é
modesto. Tem gente que vai gastar bem mais. E não incluímos o gasto com passagens aéreas, com ingressos, os gastos dos patrocinadores", diz.
Após o evento, o governo
afirma que fará um balanço do gasto real de turistas, com base na ocupação
média dos hotéis, em dados de movimentação de restaurantes e em pesquisas
feitas com os turistas nos estádios.
O balanço de venda de
ingressos divulgado pela Fifa no dia 6 de junho revelou que 73,6% dos ingressos
para a Copa das Confederações haviam sido vendidos para moradores das
cidades-sede. Brasileiros de outros estados compraram 23,5% e estrangeiros,
2,9%.
Para a Copa do Mundo de
2014, o governo espera 600 mil estrangeiros e 3 milhões de turistas
brasileiros.